segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Homilia de Encerramento da Assembléia geral do Vicentinos em Monte Alegre

A raiz do amor é o encontro com o mistério divino, amar é estar no coração de Deus.
Desde suas origens o mundo reverenciou em sua história a força do amor. Os poetas de variadas formas e tempos, voando nas asas da imaginação,quiseram, em suas palavras,traduzir,a origem, a causa e a finalidade de tudo o que há de grande, nobre e belo.
Os poetas nos falam da força do amor, mas, são os santos, os profetas de cada tempo, quem nos ensinam que a raiz do amor é o encontro com o mistério divino e que amar é estar no coração de Deus!
Ao término desta Assembleia, o Senhor quer fazer ecoar em nossos corações a sua Palavra- vem e segue-me (Lc 18,22).Esta é a proposta do Senhor, e, portanto, a prerrogativa do Reino.
Ao contemplarmos o verdadeiro significado do convite "Vem, e segue-me", evidencia-se que talvez tenhamos muito a aprender e muito a fazer antes de podermos cumprir plenamente esse mandamento. Seguir Jesusé voltar-se para Deus!
Impressiona-me como as atitudes de Jesus nos deixam inquietos, desconcertados, precisamente porque nos apresentam que a bondade e a justiça divinas superam os critérios humanos.E ainda, que nossos pensamentos estão muito longe dos pensamentos de Deus. Nunca alguém amou como o Senhor nos tem amado, e o Senhor não injusto por ser generoso!Aprender dele é consequência do nosso seguimento, e fazer é efeito da capacidade de amar.
Pedro depois de ter seguido o Senhor é por ele interpelado: Simão filho de João, tu me amas mais do que estes outros? Apascenta minhas ovelhas! (Jo 21, 17).Se já não é fácil amar a um Deus pobre, imaginemos amar a um pobre que não é Deus?!
Hoje, somos nós, os discípulos de Jesus, trabalhadores da primeira e da última hora,interpelados pelo mundo, profetas de um povo exilado no egoísmo. Homens e mulheres carregados de limitações,e a cada instante, chagados pela desilusão, mas,que colocados, pela infinita bondade de Deus, na história e na vida de muitas ou poucas pessoas somos chamadospara dar-lhes um novo alento, e quem sabe manter acesa a chama de umaexistênciaque ainda fumega. Apascenta as minhas ovelhas! Apascentaré comunicar o amor misericordioso de Deus que está perto de quem o invoca, com certeza Ele está muito perto de nós.
A Liturgia de hoje,no Santo Evangelho, nos ensina que o cristão deve surpreender o mundo pela sua bondade. E nasegunda leituraque a principal preocupação do evangelizador é dedicar-se à comunidade para que viva conforme o Evangelho.
São Vicente de Paulo compreendeu bem a proposta do Senhor e a prerrogativa do reino, e por isso mesmo, fez com que o mundo percebesse que todos, pelo mesmo direito, devem participar da bondade divina, que devemos superar tudo o que os homens consideram como justiça.
Defender a vida é sempre ir contra todas as ameaças que a mesma sofre pela morte que os homenscegamente têm cultivado.Defender a vida é acreditar em Cristo, falar de Cristo, alegrar-se em Cristo, pregar a Cristo, profetizar de Cristo, e porque, não dizer, viver de Cristo!
O testemunho de São Vicente nos ajuda a compreender que não podemos viver em um mundo sem ouvir e sentir do amor de Cristo por nós. Este, não é o assistencialismo fajuto que temos assistido em nosso País. O Brasil tem aos poucos criado uma sociedadede dependentes, e coniventes ao governo.O mundo precisa de dignidade e não de assistencialismo.
Dizia D. Luciano Almeida:o nosso paraíso é fazer a vontade de Deus.E qual é a vontade de Deus? Quea sua Salvação chegue a todos os homens; que voltemo-nos para Ele com todo o nosso coração, com toda a nossa força; que acolhamos o seu convite; que nossas relações sejam marcadas pela gratuidade, que coloquemos no centro da nossa existência Cristo Jesus. E que sejamos capazes fazercom que,em nossos gestos, o mundo sinta um ao menos, como dizem os mineiros, um “cadim” do amor de Deus.
Na raiz da nossa missão está o encontro com o mistério divino. Amar é estar no coração de Deus! Ele nos torna para os outros, renovação de esperanças e de recomeço.
Ao exemplo de Maria Santíssima, Mãe da Igreja, que somos nós,dirijamo-nos apressadamente ao encontro daqueles que mais ou que menos precisam de nós. Ninguém é tão pobre que nada possa oferecer e ninguém é tão rico que nada tenha que receber. (São Vicente de Paulo). Os poetas nos falaram da força do amor, mas, foram os santos quem nos ensinaram que a raiz do amor é o encontro com o mistério divino e que amar é estar no coração de Deus!Ao nosso Deus glória e louvor eternamente ao Deus de São Vicente.
Pe. Marcos Aurélio Ramalho.
18-09-2011

sábado, 3 de setembro de 2011

Homilia-Bodas de Prata Rosana e Pedro Lacerda 03-09-2011

Meus irmãos/as;
Na família de Nazaré, Deus se revela como ser humano. Desde que Deus escolheu habitar entre os esplendores do universo humano, a família humana torna-se, apesar de sua fragilidade, espaço sacramentado pela divina presença e ao mesmo tempo testemunha de tudo aquilo que Deus sonhou para a humanidade.
Jesus ao se encarnar no seio de Maria e ao deixar ser adotado por José abre para o homem e a mulher de todo e cada tempo uma nova perspectiva de vida. O homem e a mulher são chamados a serem instrumentos da graça divina.
A família torna-se, portanto, parte integrante e constitutiva do projeto de Deus. E por isso mesmo, passa a ser venerada pela Igreja, como bem mais precioso, que nasce do casamento eterno de Deus com a humanidade.
Vejam que tamanho merecimento do ser humano, no ventre da sagrada família, Deus se dá a conhecer em um mistério profundo de humanidade. A união de Deus com o homem é uma belíssima comunicação de seu amor. Deus nos ama e ao sermos amados, Ele nos ensina a ser família em seu amor.
A família é comunicação de um Deus-amor, um Deus que é Pai, um Deus que é Filho, é feliz quem acredita nesta revelação. Cristo Jesus é a Palavra eterna de Deus Pai, que nos agrega como família do pão repartido. Ele passa por nós e deixa-nos um sinal, sinal do amor de Deus.
Por tanto, ao celebrarmos as bodas de prata desta família, que celebremos o sinal do amor de Deus numa família humana edificado no matrimônio. Um amor atraente e exigente. Creio poder ser esta uma bela definição do que venha o ser matrimônio – amor atraente e exigente. Não deve ser somente exigente, mas também não pode ser apenas atraente. É preciso que estas duas realidades caminhem juntas. Penso vocês terem feito esta grande e essencial descoberta.
Para finalizar esta reflexão, peço a vocês que renovarem a aliança matrimonial, renove também entre vocês o dom de amar, de perdoar, de escutar, de dialogar, e de respeitar.
O matrimônio passa por dois momentos desafiantes: o primeiro tempo é do aprendizado, e o segundo tempo da cumplicidade. Creio ser o segundo o mais difícil, talvez seja mais fácil amar na aprendizagem do que na trivialidade da vida, pelo fato de tudo ser novo.
Bendito seja Deus pelo dom da vida de vocês que hoje celebramos.

Pe. Marcos Aurélio Ramalho

Sobre Maria nunca se falará o bastante"

Maria: primeiro sacrário de Jesus na terra

“ Ó Maria, Virgem Imaculada, cristal puro para o meu coração, Tu és minha força, ó âncora firme, Tu és o escudo e a proteção do coração fraco.
Ó Maria, Tu és pura e incomparável, Virgem e Mãe ao mesmo tempo, Tu és bela como o sol, sem mancha alguma.
Nada pode se comparar com a imagem da tua alma.
Tua beleza encantou o olhar do Três Vezes Santo, que desceu do Céu, abandonando o trono da sede eterna, e assumiu o corpo e o sangue do teu coração, por nove meses ocultando-se no coração da Virgem.
Ó Mãe Virgem, ninguém compreenderá que o Deus incomensurável se torne homem, e apenas por Seu amor e Sua misericórdia insondável, por ti, ó Mãe, nos foi dado viver com Ele pelos séculos.
Ó Maria, Mãe virgem e Porta do Céu, por Ti nos veio a salvação, e toda graça flui para nós por tuas mãos, e apenas a fiel imitação de ti me santificará.
Ó Maria Virgem, lírio mais belo, teu coração foi o primeiro sacrário de Jesus na terra, e só porque a tua humildade foi a mais profunda, foste levada acima dos coros dos Anjos e dos Santos.
Ó Maria, minha doce Mãe, entrego-te minha alma, meu corpo e meu pobre coração, seja a guardiã da minha vida, especialmente na hora da morte, na última luta”

CARREATA DE NOSSA SENHORA D'ABADIA 2011

Divina Misericórdia

Jesus Misericordioso disse a Faustina:

"Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-A e glorificando-A.
Implora a onipotência dela em favor do Mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento foi largamente aberta para toda a alma.
Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros.
Nessa hora, realizou-se a graça para todo o Mundo: a misericórdia venceu a justiça.
Minha filha, procura rezar, nessa hora, a Via-sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes fazer a Via-sacra, entra, ao menos por um momento na capela e adora o Meu Coração, que está cheio de misericórdia no Santíssimo Sacramento.
Se não puderes sequer ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento.
Exijo honra à Minha misericórdia de toda criatura, mas de ti em primeiro lugar, porque te dei a conhecer mais profundamente esse mistério"

(Diário, 1572).

História da Medalha Milagrosa

“No dia 27 de novembro de 1830, que era o sábado anterior ao primeiro domingo do Advento, às cinco e meia da tarde, em Paris França, estava eu fazendo a meditação em profundo silêncio quando me pareceu ouvir do lado direito da capela um rumor, como o roçar de uma roupa de seda. Ao dirigir o olhar para aquele lado, vi a Santíssima Virgem na altura do quadro de São José”.

A sua estatura era mediana, e tal era a sua beleza que me é impossível descrevê-la. Estava em pé, a sua roupa era de seda e de cor branca-aurora, feita, como se diz, “à la vierge”, isto é, bem fechada e com as mangas simples. Da cabeça descia um véu branco até os pés. O rosto estava suficientemente descoberto, os pés se apoiavam sobre um globo, ou melhor, sobre metade de um globo, ou pelo menos eu vi somente a metade. Suas mãos, erguidas à altura da cintura, seguravam de modo natural um outro globo menor, que representava o universo. Ela tinha os olhos voltados para o céu, e o seu rosto se tornou resplandecente enquanto apresentava o globo a Nosso Senhor. De repente, seus dedos se cobriram de anéis, ornados de pedras preciosas, uma mais bela do que a outra, algumas maiores, outras menores, e que emitiam raios luminosos.

Fazendo-me compreender o quanto é doce invocar a Santíssima Virgem e o quanto Ela é generosa com as pessoas que a invocam; e quantas graças Ela concede às pessoas que a procuram e que alegria Ela sente em concedê-las.

Naquele momento eu era e não era... Estava exultante. E então começou a se formar ao redor da Santíssima Virgem um quadro um tanto oval, sobre o qual, no alto, numa espécie de semicírculo, da mão direita para a esquerda de Maria se liam estas palavras, escritas com letras de ouro: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

Então ouvi uma voz que me disse: “Mande cunhar uma medalha conforme este modelo; todas as pessoas que a carregarem, receberão grandes graças; leve-a principalmente no pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a carregarem com confiança”.

No mesmo instante pareceu-me que o quadro virou e eu vi o reverso da medalha. Havia o monogramo de Maria, isto é, a letra “M” com uma cruz em cima e, como base dessa cruz, uma linha grossa, ou seja, a letra “I”, monograma de Jesus. Sob os dois monogramas haviam os Sagrados Corações de Jesus e de Maria, o primeiro rodeado por uma coroa de espinhos e o segundo traspassado por uma espada”.

Interrogada mais tarde se além do globo, ou melhor, além da metade do globo, ela tinha visto outra coisa sob os pés da Virgem, Catarina Labouré respondeu que havia visto uma serpente de cor esverdeada com manchas amarelas. Quanto às doze estrelas que circundam o reverso da medalha, “é moralmente certo que essa particularidade foi indicada à viva voz pela Santa, desde a época da aparição”.

Nos manuscritos da vidente encontra-se também esta particularidade, que é muito importante. Entre as pedras preciosas havia algumas que não emitiam raios. Enquanto se espantava, ouviu a voz de Maria que dizia: “As pedras preciosas das quais não saem raios são símbolo das graças que não me foram pedidas por esquecimento”.

Em 1832, dois anos após as aparições, o pedido de Maria foi atendido e a Medalha foi cunhada. Uma das primeiras pessoas a recebê-la foi a Irmã Catarina, a qual, logo que a teve entre as mãos, a beijou várias vezes com afeto e disse: “Agora é preciso difundi-la”.

A Medalha, num certo sentido, se propagou por si. As graças e os milagres, obtidos seja em benefício das almas, seja em benefício dos corpos, foram tantos e tão evidentes que, em pouco tempo, a Medalha foi chamada de “milagrosa”.

Jaculatória da Medalha milagrosa
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós e por todos quantos não recorrem a Vós, especialmente pelos inimigos da Santa Igreja e por todos quantos são a vós recomendados.

http://www.salverainha.com.br/

Consagração a Nossa Senhora

Ó minha Senhora, ó minha Mãe, eu me ofereço todo a Vós, e em prova de minha devoção para convosco, eu vos consagro neste dia meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e inteiramente todo o meu ser.
E como assim sou vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e, defendei-me como coisa e propriedade vossa.
Amém.

Magnificat

O Poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu Nome
A minha alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Salvador.
Porque olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.
O Poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu Nome Seu amor para sempre se estende sobre aqueles que o temem.
Manifesta o poder de seu braço, dispersa os soberbos, derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes.
Sacia de bens os famintos, despede os ricos sem nada.
Acolhe Israel seu servidor fiel a seu amor, como havia prometido aos nossos pais em favor de Abraão e de seus filhos para sempre.
Glória ao Pai, ao Filho, ao Espírito Santo como era no princípio, agora e sempre. Amém.